Quando começar a dar mesada ao seu filho

A mesada é uma forma da criança ou do adolescente ganhar responsabilidade desde cedo, gerindo o seu próprio dinheiro. Todavia, ela exige um conjunto de regras e uma atenção redobrada por parte dos pais.

A primeira regra a seguir é definir um cronograma, uma espécie de compromisso que faz com que a criança saiba a que dia vai receber a sua mesada. Com isso, a criança vai ganhar responsabilidade e saber gerir o seu dinheiro enquanto não chega uma nova “tranche”. É o que acontece com os cidadãos e as instituições financeiras.
Os primeiros contatos da criança com o dinheiro devem acontecer por volta dos três anos. Algumas brincadeiras, como por exemplo guardar o dinheiro num pequeno cofre, são aconselháveis para que ela adquira os primeiros contatos com o dinheiro. Dos seis aos dez anos, as crianças começam a ter uma ideia do que são as finanças em geral. O ideal é dar pequenas quantias, que aumentam à medida que a criança cresce e mostra apetência para o sentido de responsabilidade. Mais do que o dinheiro em si, é uma forma da criança ganhar a sua própria autonomia.

Já na pré-adolescência, o fornecimento da mesada deve ser acompanhado de uma pequena conversa por parte dos pais. Uma conversa orientadora e didática, que explique a importância do dinheiro e as suas consequências caso ele seja mal gosto. Todavia, é aos doze anos que a criança, regra geral, começa a ter alguns problemas com o dinheiro: surge a questão da namorada, das primeiras saídas com os amigos, do cabeleireiro, das guloseimas.

Sem exercer um controlo absoluto, é conveniente que os pais estejam atentos. Definir um limite de mesada, e saber de que forma o filho gasta o dinheiro. Em caso de descontrole, importa saber o que está a falhar, onde se gastou mais dinheiro, onde houve esbanjamento. Nesse caso, a conversa entre pais e filhos é de extrema importância. A transmissão de uma mensagem de prioridades – há locais onde se pode gastar dinheiro, outros onde o mesmo representa esbanjamento – é fundamental para fazer do seu filho um cidadão mais responsável. Seja como for, a receita é sempre a mesma: olhos atentos mas nunca ditatoriais. Respeito mas nunca subserviência. E não se esqueça: um filho que sabe lidar com dinheiro é um cidadão mais responsável.