Dia mundial da segurança alimentar: entenda a importância do tema

Postado por Admincursos | 7 de junho de 2022 | Deixe aqui seu comentário

Dia mundial da segurança alimentar: entenda a importância do tema

Entenda o que é segurança alimentar e a importância deste tema! Confira ainda 8 dicas práticas para um consumo sustentável! 

As Nações Unidas estabeleceram em 2018 o Dia Mundial da Segurança Alimentar que no dia 7 de junho de 2022 apresenta a sua quarta edição com o tema “Alimentação Segura, Melhor Saúde”. 

O principal objetivo da data é aumentar a conscientização da população sobre o tema, visto que o combate contra a fome é um desafio no mundo todo.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) desenvolvidos pela ONU defendem o fim para todos os tipos de fome e desnutrição até 2030. A criação de um dia mundial para conscientização e reflexão sobre o tema visa auxiliar neste objetivo.

Além disso, todos nós temos um papel a desempenhar neste desafio, direcionando nossas ações, do campo à mesa, garantindo uma alimentação saudável e sem desperdícios. Então, veja neste artigo, o que é segurança alimentar e qual importância deste conceito. 

O que é segurança alimentar 

Segurança alimentar significa garantir a qualquer pessoa acesso a alimentos nutritivos, a preço justo e com qualidade desejada. No Brasil, temos a lei nº 11.346 que garante esse direito à população total. 

O termo surgiu durante a Primeira Guerra Mundial. Devido à destruição de grandes regiões europeias, o fornecimento de alimentos passou a ser visto como um meio de domínio de um país sobre o outro. 

Além do arsenal bélico, a alimentação passou a ser uma poderosa arma e se tornou uma questão de segurança nacional. Ou seja, cada país precisa ser responsável por produzir e estocar alimentos para suprir as necessidades de sua população.

Surgiu, assim, em 1974 a Primeira Conferência Mundial de Segurança Alimentar, reforçando a ideia de que cada país deveria estar preparado para suprir a necessidade alimentar da sua população.

Contudo, quando isso não acontece, ou seja, quando uma pessoa passa fome ela se encontra em estado de insegurança alimentar. Atualmente, conforme os dados mais recentes da ONU, 45 milhões de pessoas se encontram neste estado.

Isso quer dizer que, muito mais que um termo, a segurança alimentar precisa de ações, estímulos e a criação de políticas públicas que garantam a alimentação para todos. 

Estudar e realizar cursos de nutrição e todas suas vertentes também é importante para uma alimentação sustável e um melhor entendimento sobre segurança alimentar. 

A importância do tema

foto de comidas como legumes e frutas

Atualmente, estima-se um total de 2 bilhões de pessoas no mundo passando por algum nível de insegurança alimentar, segundo o relatório da FAQ (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). 

Apesar de diferentes níveis conforme cada região, a falta de alimentos continua sendo um problema universal. Neste contexto, alguns fundamentos foram criados para determinar os níveis de segurança alimentar, veja quais:

  • Disponibilidade: refere-se a produção, importações e armazenamento de alimentos, assim como a possibilidade de ajuda alimentar no caso de necessidade;
  • Estabilidade:  insegurança alimentar provisória, pois compete às questões relacionadas à sazonalidade do âmbito agrícola ou cíclico de crises econômicas. 
  • Acessos: falta de alimentos por conta de razões físicas, como quantidade insuficientes, isolamento da população, ou fatores socioeconômicos, como alto preço e falta de recursos;
  • Consumo: aborda as necessidades nutricionais da alimentação, mas também as preferências alimentares. 

Tipos de insegurança alimentar

Em 2013, a FAQ criou e estabeleceu uma Escala de Experiência de Insegurança Alimentar (FIES). Isso para medir o acesso das pessoas ou das moradias aos alimentos, considerando todos os fundamentos criados para medição.

Assim, os níveis de insegurança alimentar foram divididos desta maneira:

  • Leve: quando existe a incerteza sobre a capacidade de conseguir alimentação;
  • Moderada: quando a qualidade e a variedade dos alimentos está comprometida e ainda a quantidade se reduz, de forma que algumas refeições não são feitas;
  • Grave: quando não se consome alimentos durante um dia todo ou mais. 

Qualquer grau de insegurança alimentar causa efeitos para a saúde. Mas, principalmente entre as crianças, que podem chegar a morte por diarreia, sendo a segunda maior causa de falecimento em crianças menores de 5 anos, segundo a OMS.

Além disso, a falta de uma alimentação adequada causa redução de rendimento escolar e atrasos no crescimento. Só no Brasil, 41% da população vive em algum tipo de grau de insegurança.

Principais causas da falta de alimentos

Em 2020, 30% da população mundial passou a conviver com a insegurança alimentar moderada ou grave. No continente africando, este número saltou para 60%, onde 25,9% da forma mais grave, conforme levantamentos da FAQ.

Problemas de saúde física e mental,  perda da qualidade de vida e fome são consequências de quem convive com essa realidade. Mas, como chegamos nesta situação? As causas são várias, conheça as principais:

  • Mudanças climáticas;
  • degradação do solo;
  • conflitos no processo produtivo;
  • queda de qualidade nutritiva;
  • aumento do preço de alimentos;
  • problemas no abastecimento;
  • redução de salário ou perda de renda;
  • condição de pobreza;
  • escassez de água;
  • poluição atmosférica;
  • explosão demográfica;
  • crises econômicas e conflitos de governança.

8 Dicas práticas de consumo responsável

Sem dúvidas, a falta de alimentos é um problema social, econômico e sanitário. Sendo assim, as possíveis soluções envolvem as esferas públicas e privadas e dependem de grandes ações coletivas como também de pequenas ações individuais.

Dentre as ações individuais, a prática do consumo responsável deve ser praticada e divulgada. Afinal, todos precisamos desempenhar uma função para garantir uma alimentação segura tanto para si como para os demais.

Com base nisso, confira 8 dicas para praticar um consumo responsável e ajudar a combater a falta de alimentos no mundo:

  1. Faça uma lista de compras antes de ir ao supermercado e planeje suas refeições, comprando somente o necessário;
  2. Prefira alimentos não processados que contribuem para uma alimentação mais saudável;
  3. Opte por embalagens reduzidas ou retornáveis;
  4. Aproveite ao máximo todos os alimentos, até mesmo folhas, talos e cascas. Uma vez que possuem muito valor nutritivo;
  5. Ande menos de carro, pegue carona, use transporte coletivo e diminua a quantidade de dióxido de carbono liberado pelos carros, altamente poluente;
  6. Separe o lixo da reciclagem;
  7. Não jogue coisas no lixo, como roupas, móveis, brinquedos e  livros. Doe tudo que puder;
  8. Tenha uma horta em casa.

Em síntese, são algumas normas básicas que norteiam também outro conceito muito importante e discutido em nossa sociedade atual: a sustentabilidade.

Por fim, lembre-se de buscar um consumo consciente para que, juntos, possamos enfrentar e combater a falta de alimentos no mundo. 

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