Tecnologia e alfabetização: veja como essa junção está mudando a educação

Novas gerações já crescem sintonizadas com as mudanças e cabe aos educadores e às instituições se adaptarem à nova realidade

 

Se você já é adulto, tente se lembrar como era o processo educacional há dez ou quinze anos e como ele ocorre. A presença da tecnologia na educação nunca foi tão forte quanto na atualidade e isso implica em um cenário de muitas mudanças.

Para as novas gerações, o uso do celular, dos tablets e dos PCs como ferramenta de aprendizado, assim como o consumo de vídeo via streaming são situações corriqueiras. Cabe aos educadores e às instituições de ensino se adaptarem e tirarem proveito dessa realidade.

Muitas possibilidades, pouca adaptação

O modelo tradicional ainda segue dominante nas escolas. Com exceção de colégios particulares voltados para classes mais altas, nas escolas públicas a inserção de ferramentas tecnológicas ainda é tímida, pelos mais diversos fatores.

Todavia, ainda que esse tipo de material não seja disponibilizado como poderia, cabe aos educadores assumirem um papel de vanguarda e se mostrarem atentos a essa nova realidade. Como competir com os atrativos que um smartphone oferece? Unindo-se a ele.

A situação parece ser um pouco diferente quando falamos de ensino superior e de cursos de extensão. A internet se tornou a plataforma preferida para muitas pessoas que desejam ampliar os seus conhecimentos.

Sem sair de casa e com custos muito acessíveis, é possível fazer um curso de graduação, uma pós-graduação ou mesmo adquirir conhecimento para começar uma nova profissão. E o melhor de tudo: o aluno define como, quando e onde vai estudar.

Ensino à distância: um futuro a ser explorado

Dados do Ministério da Educação e Cultura (MEC) apontam que entre 2006 e 2016 o ensino à distância (EAD) cresceu quase 300% no Brasil. Em 2017 o número de estudantes matriculados em cursos de graduação à distância era de 840 mil.

Vários fatores contribuíram para esse crescimento, mas sem sombra de dúvidas o avanço tecnológico é o principal deles. A acessibilidade proporcionada pelos smartphones e a ampliação das redes 3G e 4G no país fez com que mesmo cidades mais distantes dos grandes centros se tornassem conectadas.

A chamada “nova economia”, construída majoritariamente sobre serviços online – o que inclui Uber, iFood e outros serviços do gênero – fez nascer no país milhares de empreendedores buscando qualificação e oportunidades de demonstrar seus conhecimentos.

Se para as gerações mais antigas essas mudanças parecem complexas, para os mais jovens essa é a única realidade a qual eles tiveram acesso. Portanto, a tecnologia na educação, para a geração atual, é a única realidade possível.

Vivências digitais: soluções virtuais para problemas reais

Se para os estudantes a adaptação parece mais simples, o mesmo não se pode dizer para os educadores. Professores devem buscar formas de aperfeiçoar a carreira por meio de cursos extracurriculares – complementares ao ensino formal.

Mais do que encontrar alternativas nas áreas de informática e pedagogia, os educadores devem se habituar a utilizar ambientes online para ganhar experiência e, posteriormente, poder ensinar utilizando as possibilidades que eles oferecem.

Recursos audiovisuais, por exemplo, nunca estiveram tão em evidência como agora. Vídeoaulas, cursos online, apostilas em PDF e dúvidas sanadas via e-mail mais aproximam do que afastam o público, especialmente os mais jovens.

Para quem passou uma vida inteira em sala de aula, pode ser duro confrontar essa realidade. No entanto, o fato é que as transformações estão em curso. Em alguns locais elas ocorrem mais rápido, em outros nem tanto, mas todos se encaminham para um cenário comum.

Estudar online: desenvolva essa aptidão

Para quem nunca estudou em casa por conta própria, estudar online pode parecer algo impossível em um primeiro momento. Porém, como tudo na vida, essa é uma questão de prática. Algumas dicas de como estudar online são essenciais para você começar.

Se a informática na educação é hoje indispensável, é por conta dos inúmeros benefícios que ela trouxe para o nosso dia a dia ao longo das últimas décadas e, especialmente, dos últimos anos. Se você ainda é novo neste mundo, aqui vão alguns conselhos para obter melhores resultados:

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1. Estabeleça uma rotina diária

quando frequentamos um curso em um escola física, as aulas têm data e hora para acontecer. Já nos cursos online é você quem faz o cronograma e estabelecer uma frequência pode ser difícil no início.

É importante que você crie uma rotina, de preferência reservando dias da semana e horários específicos para estudar sem ser incomodado. A vantagem é que caso algum imprevisto ocorra você pode “remanejar a aula”.

2. Faça pausas e dê tempo para o aprendizado

Muitos cursos online são disponibilizados na íntegra. Ou seja, se uma grade curricular oferece cursos com 40 horas de duração, é possível estudar quantas horas você quiser por dia e terminar o conteúdo mais rápido. Porém, esse não é o ideal.

Precisamos de um certo tempo para processar as informações e, por conta disso, limitar os seus estudos a algumas horas por dia pode ser mais produtivo. Dê preferência para aprender mais do que para “maratonar” as aulas.

3. Evite distrações

Se você estivesse em sala de aula, certamente evitaria ficar olhando para o celular a todo momento e também não estudaria com a televisão ligada assistindo a um filme. Quando os estudamos por conta própria os princípios são os mesmos.

Para que haja um melhor aproveitamento do conteúdo e que a  tecnologia na educação não atrapalhe, é preciso se dedicar a uma tarefa. Se estiver assistindo às videoaulas ou fazendo os exercícios propostos, concentre-se e faça apenas isso. Uma atividade por vez garante maior poder de compreensão e resultados mais eficazes.